Oposição grita “ladrão” para Lula; aliados do PT aplaudem

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi recebido com gritos de apoio e vaias nesta 4ª feira no Congresso Nacional durante a sessão para promulgar a Reforma Tributária.

As manifestações oscilaram ao longo da presença do petista na sessão. Em um dos momentos, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), agradeceu ao presidente pela aprovação da reforma durante seu discurso. Ao citar o nome de Lula, uma parte dos presentes puxou gritos de “Lula, guerreiro, do povo brasileiro” e “Olê, olê, olê, olá, Lula, Lula”.

Ao final da sessão, quando o petista deixava o Congresso Nacional, diversos parlamentares gritaram “ladrão” em direção ao presidente, que não reagiu.

Depois de uma das manifestações contrárias a Lula, o deputado Washington Quaquá (PT-RJ) se envolveu em uma briga com também deputado Messias Donato (Republicanos-ES) no plenário.

Em vídeo que circula nas redes sociais, é possível ver o início da discussão após deputados da oposição puxarem gritos de “Lula, ladrão, seu lugar é na prisão”. Nesse momento, Washington Quaquá se aproxima do grupo com o celular na mão e diz que vai apresentar uma ação no Conselho de Ética contra as manifestações.

Messias Donato pede então para que Quaquá se afaste do grupo. O petista reage dando um tapa no rosto do congressista do Republicanos. O deputado Messias Donato chorou ao falar sobre a agressão sofrida na sessão de promulgação da PEC.

“Confesso que não conhecia esse deputado e nunca tinha ouvido falar. Eu respeito e tenho amigos, pessoas que a gente convive e diverge aqui no parlamento nas questões de ideias. Deputados que estão e que são de esquerda, mas que são pessoas decentes. Mas ao mesmo tempo, hoje, eu me senti, assim, muito humilhado”, declarou.

O congressista disse ter colocado a mão esquerda em frente ao celular de Washington Quaquá, pedindo para que o petista parasse de falar palavras “de baixo calão”. “Foi quando fui surpreendido com um tapa na face direita. Lado no qual, inclusive, eu fiz uma cirurgia com meu cirurgião-dentista”, afirmou.

Donato falou que, quando tomava as providências cabíveis diante do caso, leu a declaração do vicepresidente do PT sobre o episódio: “Bati mesmo e se eu puder, bato de novo”. Nesse momento, o deputado começou a chorar na tribuna da Câmara dos Deputados.


Créditos: Poder360