Aliados de Raquel Lyra desconfiam que PSB tentou inviabilizar governo elevando despesas com pessoal

Por conta desse rápido avanço de gastos com folha de pessoal, aliados da governadora Raquel Lyra (PSDB) estão convencidos de que o PSB, que governou o Estado nos 16 anos anteriores, agiu no serntido de inviabilizar o governo da tucana.
Com esse incremento, o Estado ultrapassou o limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), alcançando 59,3% de gastos com pessoal em relação à Receita Corrente Líquida, e se aproximou do limite máximo (60%).
Nesse ranking, Pernambuco ficou na segunda pior posição, atrás apenas do Rio Grande do Norte (65,6%).
De acordo com o boletim, o Estado de Pernambuco perdeu o selo de capacidade de pagamento B e foi rebaixado para C, por conta dos índices fiscais de 2022, registrando que “do lado dos que expandiram os gastos com pessoal, Pernambuco e Espírito Santo apresentaram os maiores números, com crescimento superior a 20%”.
Ainda conforme o texto do órgão vinculado ao Ministério da Fazenda, no caso dos gastos com pessoal em relação à receita, “os casos mais significativos são do Rio Grande do Norte e Pernambuco, que possuem o maior valor da despesa com pessoal em percentual da Receita Corrente Líquida”.
Na transição, a atual governadora Raquel Lyra e a sua vice, Priscila Krause, apontaram que o orçamento deixado por Paulo Câmara para 2023 estava defasado em R$ 7 bilhões e que só em consequência dos novos gastos com pessoal, concedidos no ano eleitoral, o governo de Pernambuco teria um impacto de R$ 3 bilhões em 2023.
Ainda segundo o Tesouro Nacional, a gestão estadual teve início em 2023 com disponibilidade líquida negativa em R$ 370 milhões, fato que ensejou o rebaixamento da nota – nessa situação, o Estado fica impedido de contratar operações de crédito com garantia da União.
Nos bastidores da Fazenda estadual, a expectativa é que o exercício fiscal de 2023 termine em outra situação.
Embora a receita total deste ano apresente queda real em relação a 2022, as mudanças efetivadas pela gestão Raquel Lyra no que se refere às despesas, sobretudo à contenção das despesas de custeio não obrigatórias, tendem a fazer o ano fechar com disponibilidade líquida positiva.
Segundo uma fonte do governo estadual, “a não concessão de reajustes em 2023, por conta do impacto deixado pela gestão anterior, também ajudou a controlar a situação, pavimentando um ano de 2024, menos rígido, inclusive para servidores”.
Informações do Blog de Jamildo